Dos cantos daquele jardim saem o imenso.
O imenso intocável, de sabores, cores, texturas e amores.
Amado imenso que é tanto e não tem peso mas esta em tudo.
Dos cantos daquele jardim arranquei o silêncio com cuidado.
Passo a passo. Com todo o jeito dos insetos sorrateiros.
Eu não pude voar, mas pude sentir a brisa que levantou voô.
E passou por todas as flores, e todos seus moradores, e tudo.
Nada pode escapar. Como a vista que parece viajar.
Dos cantos daquele jardim saem o esquecimento da existência do tempo.
Questiona-se apenas o que se vê, já se esqueceu de entender.
Mas compreende tanto que no peito o conforto é tenro.
Como a fruta nascida ali, que espera seu amadurecer.
E todos os dias eu lembro. Em mim...
Dos cantos daquele Jardim.
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