Em tempos de doce,
Amargo se faz o sozinho.
Na certeza que se cala,
Se torna Dúvida, deixa
de ser certa, uma reta.
Curva tensa, concreta.
Cala mais uma vez a boca.
Porque a mente é como
remetente de cobrança.
Não importa a cor da sua dor.
Nem o tamanho do seu tempo.
A mente cobra, Obra torta.
Peça a peça. E você, cansado,
esquecido de ser. Deixa.
Que cada monte venha,
e as vezes quase faz que
desdenha. Mas ela não para.
Em tempo de doce
Amargo se faz o sozinho.
Amargo se faz o calado.
Amargo se faz o estático.
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