16 julho, 2015

enfuresça

viver a fúria
viver em fúria
fugaz cólera.

a ira de ser
carne orgãos ossos
pele veias fluídos
massas e musculos

estro poético-colérico
rios de sangue, um mar.
um mar em tormenta que
entrelaça pensamentos.

insuportabilidade
carregar-se em ser
deusas e deuses
aparecem irados

fúria que move
fúria que arrebenta
qualquer forma que
acorrentados querem
nos levar a caber.

e socam e chutam e
dobram braços e pernas

mas arrebente!
faça novas propostas
a si mesmo e depois alguém.

fúria! enfureçasse como
no ritual onde perdemos
o próprio para poder ser
o todo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário