14 dezembro, 2015

O Espelho

despir-se de si diante do espelho
retirar camadas densas o carpete
empoeirado o delírio do peso

o espelho e seu limite é quase medo
a dança diante dele bidimensionaliza
potentes laterais do desejo

sem vendas marcas estampas de si
em poesia vazia varrida - intenções
indiretas sem respeito

a poeira das folhas que coloquei nada
além do fogo que é alimentado por minha
respiração curva

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