Amor, não se trata de artigo de luxo.
Mais um corpo, outra festa. Tantos números.
Outras Inteligências. Amor, não se trata de
lógica, nem frenesi. Do último livro lido ou
quantas relíquias guardo na estante. Amor,
não se trata de quantas línguas eu falo ou
do tamanho dos meus seios. Amor, não esta
em cada esquina, não sai brotando do chão.
E não depende das fases da lua.
Amor! Palavra que circula. Anseio das pessoas. Teorizam, pouco praticam. Quem o ganha, desperdiça. Quem não tem, ambiciona. Quem perde, se aflige.
Não entendem dos detalhes,
sufocam honestidades. Enfaixam de rótulos.
Fatiam os lados. Turvam a transparência.
O dia estava claro, as mãos soltas de veludo,
deslizavam sobre o extenso cobertor de pele quente. Pele morena, queimada do sol de outono. Curvas largas onde os girassóis se deitavam. Plantação. Uvas, trigo, oliveiras. A alfazema embriagava esquilos rente ao solo, exercícios das formas em abundância. Raposa, pêssegos e seda. Abstratas paisagens brindam o vinho, a relva, odara! Os Vinis estimulados, gozam jazz. E a poesia liberta a intuição. Línguas passeiam pelas orelhas e desfrutam planos que escorrem tinta. Todas as cores. Como quando se levanta e os olhos desejam o horizonte. Não há cedo, nem tarde e gargalhamos das dúvidas. Interiores em desfrute.
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